Recrutamento e Inclusão de Pessoas Com Deficiência

Pormenor com logotipo da Grace e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Foi sobre este tema que no passado dia 30 de junho se debateram estratégias de inclusão e de integração, se olhou para o passado e se traçaram caminhos para o futuro.

Sérgio Cintra, o administrador que tutela a área da Ação Social e da Deficiência na SCML, abriu o debate à distância através da transmissão de um vídeo, no qual defendeu uma abordagem inclusiva e participativa na gestão das pessoas.

Vanda Miguel, Diretora da Unidade de Apoio à Deficiência da SCML, apresentou o projeto destacando os marcos de um percurso em comum. Destacou os mais recentes dados que revelam que existiam 13.000 desempregados com deficiência inscritos em setembro de 2022, situação que, no seu entender, significa que “estas pessoas continuam com dificuldades acrescidas”, apesar do “contexto de quase pleno emprego no nosso país”.

Seguiram-se duas Mesas redondas, com dois painéis de debate, um direcionado para a perspetiva das organizações que preparam pessoas com deficiência para a sua integração no mercado de trabalho e outro para o ponto de vista das empresas que integram pessoas com deficiência no seu quadro de pessoal.

O primeiro painel do debate contou com Ana Catarina Albergaria (Assessora da Administração da Santa Casa), Ester Rosa (da Associação Salvador), Célia Fernandes (consultora da Valor T) e Natalie Ballan (em representação do GRACE) moderadora deste debate.

A primeira dedicou a sua intervenção ao papel das escolas e da relevância da educação na inclusão e integração no mercado de trabalho de pessoas com deficiência, destacando a necessidade da existência demais técnicos especializados, mais equipamentos pedagógicos específicos e salientando ainda a falta de acessibilidades como um dos problemas existentes. 

Ester Rosa, da Associação Salvador, insistiu nas dificuldades em se encontrar emprego para as pessoas com deficiência, apesar da legislação que tem sido produzida, das quotas impostas às empresas e das políticas que têm sido implantadas nos últimos anos.

Já Célia Nunes, com uma experiência de 30 anos nesta área, destacou a metodologia de recrutamento aplicada na Valor T, bem como um conjunto de ações praticadas, exemplificando o caminho nacional e não isolado, que a Valor T tem vindo a trilhar constituindo uma Rede Colaborativa com os parceiros quer a nível das Entidades Empregadoras e das Associações quer internamente com diversos Equipamentos da SCML.

Realçou, deste modo, as boas práticas e apontou caminhos para o futuro e o que se perspetiva venha a ser a evolução neste domínio a médio prazo.

Do lado das empresas, o segundo painel do debate contou com Miguel Homem (Clínica Santa Madalena), Paula Lobinho (El Corte Inglês), Nuno Morgado (PLMJ) e Vanda Nunes, Valor T, moderadora.

Estes representantes das empresas apresentaram a sua perspetiva nesta temática, relatando casos práticos de pessoas com deficiência, dando cada um o seu testemunho, contando o que no dia-à-dia estão a desenvolver, as iniciativas de sensibilização, a descoberta de caminhos cada vez mais inclusivos.

Vanda Nunes referiu, como síntese final, que todos somos poucos e que há que incentivar à partilha da informação. Reforçou ainda que, em conjunto, o caminho será mais fácil e que desta forma as ações serão mais céleres e conscientes e o mercado de trabalho se tornará mais sustentável.